Manuel Meirinho, um homem das beiras, natural da aldeia do Soito, Sabugal, é o cabeça de lista do PSD pela Guarda. Politólogo e professor na UTL foi o homem responsável pela revisão da lei eleitoral para AR, que foi pedida por Passos Coelho.
Este é o homem que cedeu uma entrevista em exclusivo ao nosso blog.
Debate Jovem (D.J.) - O que o levou a entrar na vida partidária, e porque escolheu o PSD?
Manuel Meirinho (M.M.) - O desafio do Dr. Passos Coelho para contribuir para a renovação do Partido e a possibilidade de poder colaborar num projecto de mudança para o País, numa altura em que enfrentamos a pior crise de sempre provocada pela governação de José Sócrates que deixou o país quase em bancarrota.
D.J. - Embora não viva actualmente no distrito da Guarda, nasceu neste distrito, está disposto a defender esta região enquanto deputado?
M.M. - Claro. Os deputados têm a obrigação de responder às aspirações e expectativas dos eleitores e devem contribuir de forma efectiva para a melhoria das relações entre eleitos e eleitores. Farei tudo o que for possível para servir o distrito, ainda que o estado em que José Sócrates deixou as finanças públicas não nos dê grande margem de manobra.
D.J. - Acha que o PSD está unido o suficiente em torno do projecto de Pedro Passos Coelho para ganhar as eleições de 5 de Junho?
M.M. - Sim. O PSD apresentou um programa eleitoral bem estruturada e em coerência com as exigências do programa das instituições que irão emprestar a Portugal 78 mil milhões de euros. Passo Coelho, ao contrário de Sócrates é um líder em quem se pode confiar. Está bem preparado, reúne uma equipa competente e tem um projecto de mudança, ao contrário de José Sócrates que já não tem credibilidade.
D.J. - O PSD não está disponível a governar com o PS, ou apenas com o seu líder, José Sócrates?
M. M. - A posição do líder do PSD sobre o assunto já foi clarificada publicamente.
D.J. - Como vê as divergências que têm surgido na praça pública entre membros do PSD, como é o caso de Eduardo Catroga e Pedro Passos Coelho?
M.M. - Não vejo divergências de fundo. O PSD é um partido aberto e plural. Reúne opiniões de muitos especialistas. Mas quem define o projecto e as opções políticas é a liderança. Nesse aspecto, Passos Coelho tem recebido contributos de muita gente, mas pensa pela sua cabeça. É saudável para a democracia que haja divergência de opinião.
D.J. - Porque é que o programa do PSD vai mais além em muitas medidas do que o memorando estabelecido com a "troika"?
M.M. - Porque o partido querer acrescentar medidas e reformas que o país não fez e devias ter feito. Nesse aspecto o PSD é mais ambicioso e mais rigoroso do que o PS. O programa do PS apresenta um mar de rosas e de sonhos. É mais do mesmo e promete fazer o que não fez, repetindo a mesma receita.
D.J. - Para finalizar, como vê actualmente a política em Portugal e na Guarda ?
M.M. - Com bastante interesse mas com muita apreensão relativamente ao exorbitante clientelismo que persiste em algumas instituições políticas no concelho da Guarda.
Manuel Meirinho, um homem de confiança que coloca a Guarda no topo das suas prioridades.
Deixamos já agora um lembrete, de todos os partidos que contactamos apenas a CDU e o PSD até ao momento nos deram resposta. É então de lamentar que os partidos se fechem nos seus circulos restritos.
Para os dois partidos que tiveram a simpatia de nos responder, aqui lhes deixamos um obrigado especial, e sim PSD e CDU mostraram credibilidade e abertura (uma vez que estamos a falar de partidos que abriram dialogo e disponibilidade a menores de 18 anos, que não tem ainda o dever cívico de votar, o que é de louvar!)
Dentro em breve publicamos mais uma entrevista, desta feita, com um representante do PCP da Guarda.Entrevista realizada pelo grupo do Debate Jovem
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