Começamos hoje, com este post, uma série de especiais subordinados ao tema "Portugal Pede Ajuda Externa". Acompanhe-nos.
O inevitável aconteceu... Portugal foi obrigado a recorrer à ajuda externa para se continuar a financiar e a assim garantir o cumprimentos de todas as obrigações estabelecidas. Este pedido de ajuda tinha, tornado-se há muito, uma necessidade evidente, com os juros a baterem níveis insustentáveis e as consequentes descidas dos ratings.
E AGORA? Agora tudo vai mudar... a austeridade vai aumentar, o FEEF/FMI vai impor regras e orientações ambiciosas a Portugal que obrigarão a mais medidas de redução do lado das despesas do estado: o corte nos salários da função pública e das prestações sociais, a redução dos cargos de chefia e do número de ministérios, podendo até passar pelo despedimento de funcionários públicos, tal como aconteceu na Irlanda e na Grécia... mas isto são apenas possíveis cenários, tudo vai depender dos próximos meses.
O certo é que Portugal vai contar com uma ajuda na ordem dos 90 mil milhões de euros para resgatar o nosso pais, o caminho para o futuro passa pelo aumento da produtividade e competitividade, essencial para o crescimento da nossa economia
Este pedido de ajuda trás, como é claro, uma carga muito negativa para a história económica e dos mercados portugueses, uma vez que Portugal não foi capaz de cumprir com as suas obrigações, vendo o estrangeiro obrigado a intervir para uma salvação das contas públicas. Portugal arrisca-se a ficar fora dos mercados durante um período longo de tempo e os investidores no futuro pensarão melhor se devem ou não investir em Portugal.
Espero ainda que no nosso país não se verifique a forma de contestação social que se verificou por exemplo na Grécia, em que nas ruas se assistia a um cenário medonho com vários conflitos onde por diversas vezes as forças de segurança foram brutalmente postas em causa e até assistimos a agentes de autoridade a serem queimados pelos revoltantes... Em Portugal haverá muita contestação, a Função Pública já anunciou uma greve para 6 de Maio, mas espero que a nossa forma de mostrar indignação seja ordeira e que não ponha a vida nem os direitos de ninguém em risco.
É muito triste ver um país como Portugal chegar a esta situação, nós, portugueses não fomos capazes de cuidar do nosso pais, e os nossos responsáveis políticos tem de neste momento ponderar a sua posição e a sua utilidade na vida pública, é necessário que no futuro haja da parte dos nossos representantes uma real preocupação com a situação de todos nós, é necessário tirar uma valente lição deste grave período que todos os portugueses estão a passar.
Nos próximos dias aqui no blog conte com especiais sobre este tema fundamental para o país, o pedido de ajuda externa.
Sam
Depois ainda há gente a dizer que o Socrates é o gajo que só bem fez a Portugal nos últimos anos...
ResponderEliminarTal como todos temos coisas boas ou más, fazemos coisas boas e más, claro que uns fazem mais coisas boas outras mais coisas más. Mas esta situação começou a desenhar-se nos último 25 anos.
ResponderEliminarTalvez grande parte do problema seja dos portugueses que não tem olhos na cara ...
ResponderEliminarA culpa é de todos nós sim
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