Há uns meses uma colega do jornal Publico revelou estar a ser vítima de pressões por
parte de Miguel Relvas, reconheço, fiquei bastante emocionado pois também eu
partilho deste flagelo, semana após semana também eu sou pressionada, não por
um simples ministro mas por alguém com um estatuto mais importante, os nossos”
bloggistas”.
A política e
o jornalismo, cada vez mais se misturam. Esta relação parece-me a mim cada vez
mais uma paixão. E temos nós o privilégio e a sorte de observar durante os
últimos anos este romance. O jornalismo português é o típico galã desta novela,
ele conquista qualquer um. Já conquistou PS, PSD e CDS-PP, e já teve CDS-PP e
PSD ao mesmo tempo, o que afirma as suas qualidades atractivas. Todos estes
romances, que o jornalismo estabeleceu com cada um dos partidos, passam pelas
mesmas fases. O Jornalismo em campanha eleitoral aproxima-se de um dos
partidos, normalmente o vencedor, é o equivalente aos primeiros beijos num
namoro. Depois de uma fase em que se conhecem, dão o nó dando os ministros uma
série de entrevistas aos jornais, é o apogeu deste amor. Mas depois entra este
romance em decadência e como na vida real graças a um escândalo, não do Facebook , mas devido a um caso com uma
Universidade ao com uma empresa de grandes posses. É então que este romance
termina, num divórcio, um divórcio litigioso em que governo e jornalismo põem
um ponto final á sua relação.
No final
desta história como em qualquer novela, o galã acaba sempre por se safar. É que
os jornalismo continuaram sempre a vender jornais, mas os políticos mais tarde
ou mais cedo deixam de vender a sua politica.
O cronista não compactua com aqueles senhores que se
lembraram que necessitávamos de um novo (des)acordo ortográfico.
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